Janeiro é o mês do aniversário da arte e o CAPC vai comemorar!
O projeto educativo do CAPC começa agora a definir-se e no trimestre de Janeiro a Março lançamos, ainda à boleia da bienal, alguns dados.Em Janeiro viajamos até à primeira celebração do aniversário da arte no CAPC, em 1974, promovida por Ernesto de Sousa, a partir de uma proposta do seu amigo Robert Filliou, com a colaboração de muitos artistas. O projeto educativo quer estender a celebração da arte aos artistas e aos professores.Aqui roubamos aos artistas, aos pensadores… roubamos o que nos alimenta, o que nos anima, que nos dá alma, o que nos fortalece! Clarice Lispector diz que “roubar torna tudo mais valioso”.Roubamos ao Rui Chafes a ideia de que os artistas transportam a chama que vem de há muito e que nascemos a partir do momento em que as coisas que amamos existem. Roubamos ao George Steiner a ideia de que os professores são como os carteiros que entregam as cartas dos grandes criadores. O ato da escolha das cartas a entregar, a quem e quando não é neutro, pressupõe uma dimensão ideológica e uma atitude política. A receção das cartas também não é passiva. Aqui deseja-se que as cartas entregues possam ajudar a procurar outras e que sirvam de instrumento para que cada um pense por si, descubra e escreva outras cartas. Roubamos à Hannah Arendt quando nos diz que “(…) cada nova geração, na verdade, cada novo ser humano, na medida em que se insere entre um passado infinito e um infinito futuro, deve descobrir e pavimentar de novo, com grande esforço, esse mesmo caminho.”Queremos fazer por e, sobretudo, fazer o que fazemos com.Assim celebramos, celebramos com alegria mas sem distrações, de modo a que a alegria nos fortaleça para que possamos enfrentar tantas adversidades deste nosso mundo e agir!
FORMAÇÃO
Para uma aproximação à arte: Entre o presente, o passado e o presente
MINI-CURSO
Magda Henriques
Esta atividade pretende fazer uma aproximação à arte, em particular àquela do nosso tempo. Mas porque escrevemos sempre sobre o que os outros já escreveram, descobrir a arte contemporânea é, simultaneamente, aceder à arte de muitos tempos.
Partimos, para viajar entre o presente, o passado e o presente, de duas exposições que fizeram parte da Anozero: Bienal de arte contemporânea de Coimbra e que permanecem durante o mês de Janeiro - a exposição Família, no Museu Machado de Castro, do escultor Rui Chafes e do realizador Pedro Costa, com Jean Marie Straub e Danièle Huillet, e a obra de Pedro Cabrita Reis, A casa de Coimbra, na Sala da Cidade.
Tomaremos ainda como referência o trabalho de Pedro Vaz, Pentimento, em construção ao longo do ano, no Museu Botânico.
DATA 9 de Janeiro
HORÁRIO Das 15h às 18h
PÚBLICO-ALVO Maiores de 15 anos
LOCAL Museu Machado de Castro
PREÇO 5€
As inscrições devem ser feitas até dia 4 de Janeiro para capc.geral@gmail.com
A inscrição só será considerada após transferência bancária para o nib:
0035 0468 00019235530 61 (CAPC)
Comparações
FORMAÇÃO
Lara Soares
Dizer a mesma coisa de forma diferente…
Estabelecer relações de semelhança entre coisas distintas…
Comparações é uma formação prática para professores e outros profissionais da educação e mediação cultural que aproxima linguagens e formas no tempo e no espaço. Procura partilhar um conjunto de instrumentos e processos de aproximação aos diferentes públicos na mediação artística e pedagógica.
Entre desenhos e textos, imagens e gestos fazem-se incursões nas práticas quotidianas dos participantes tentando cruzar o saber com o fazer.
DATA 23 de Janeiro (Das 10.30 às 13.00. Das 14.30 às 17h) e 26 de Fevereiro (das 18h às 21h)
TOTAL DE HORAS 8 horas
PÚBLICO-ALVO professores de todos os níveis de ensino e áreas, educadores, mediadores culturais.
LOCAL CAPC Sereia
PREÇO 30€
As inscrições devem ser feitas até dia 15 de Janeiro para capc.geral@gmail.com
A inscrição só será considerada após transferência bancária para o nib:
0035 0468 00019235530 61 (CAPC)
CONVERSAS
À conversa com os artistas
CONVERSAS
Pedro Cabrita Reis
Este é o momento em que o público pode conversar com os artistas sobre a sua obra. Escutar, fazer perguntas, aceder aos processos, ou a parte deles, e perceber melhor as visões do mundo de cada criador.
DATA 17 de Janeiro
HORÁRIO 15h
PÚBLICO ALVO Maiores de 15 anos
LOCAL Sala da Cidade
Entrada gratuita
Os que transportam a chama e os que entregam as cartas
CONVERSAS
Queremos ouvir artistas e professores. Artistas e professores que podem ser ambas as coisas ou só artistas ou só professores. E às vezes alguns que não sendo nem uma coisa nem outra podem partilhar a sua experiência e reflexão sobre a arte e a educação.
Armando Azevedo
Nesta conversa acompanha-nos Armando Azevedo, que ingressou no CAPC em 1970.
Porque o projeto educativo do CAPC se constrói muito especialmente em diálogo com os seus cúmplices ativos, o convite ao artista e professor Armando Azevedo resulta, não só mas muito particularmente, de um comentário de um professor cúmplice - Antonino Neves - que afirmou que foi com um extraordinário professor de Estética que aprendeu a pintar. Esse professor extraordinário é Armando Azevedo.
DATA 19 de Fevereiro
HORÁRIO 18h
PÚBLICO- ALVO Maiores de 15 anos
LOCAL CAPC Sereia
Entrada gratuita
Álvaro Laborinho Lúcio
Álvaro Laborinho Lúcio não é artista nem professor mas tem a capacidade extraordinária, difícil e rara, dos grandes artistas e dos grandes professores que é a capacidade de transformar a vida daqueles que um dia têm o privilégio de se cruzar consigo.
Vem conversar connosco sobre educação e cidadania e a arte é também convocada para a reflexão.
DATA 18 de Março
HORÁRIO 18h
PÚBLICO-ALVO maiores de 15 anos
LOCAL CAPC Sereia
Entrada gratuita
OFICINAS
Recolocar o Olhar
OFICINA
Jorge Neves
Esta oficina tem como objetivo discutir o uso das imagens nas práticas artísticas contemporâneas, iniciando uma relação pensada em articulação com a história da arte e explorando as conexões entre a arte e as tecnologias de produção de imagens. Assim através da construção criativa de máquinas de desenho, do seu uso bem como da exploração de materiais variados, desloca-se a problemática do processo criativo da habilidade manual para o olhar sobre o objeto em que o ato de escolher é suficiente para fundar a operação artística.
Deste modo inserem-se as máquinas de desenho como um novo objeto num novo enredo, como um personagem numa narrativa.
DATA 6, 13 e 20 Janeeiro
HORÁRIO 1ª sessão: das 15h às 17h; 2ª e 3ª sessões: das 15h às 18h
PÚBLICO-ALVO maiores de 15 anos
LOCAL CAPC sede
PREÇO 25€ (12€ para estudantes)
ESCOLAS
O CAPC vai à escola
OFICINAS TEÓRICAS E PRÁTICAS
Nesta atividade uma obra da coleção do CAPC vai à escola e fica por lá durante algum tempo, levando consigo um conjunto de meios, teóricos e práticos, que ajudam a estabelecer o diálogo entre a obra de arte e a comunidade escolar (alunos, professores, funcionários, familiares e amigos).
A comunidade escolar é entretanto convidada a visitar a nossa casa – o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.
PÚBLICO-ALVO Escolas do 1º ciclo ao ensino secundário. Alunos, professores, funcionários e familiares.
ORIENTAÇÃO Equipa de educadores CAPC
(Mariana Abrantes, Magda Henriques e Jorge Neves)
Esta atividade está disponível ao longo do ano letivo mediante marcação das escolas e disponibilidade do CAPC.
PREÇO Valor a definir em função das atividades
A escola vai ao CAPC
CONVERSA
O artista Rui Chafes está no CAPC para duas conversas, uma com alunos do ensino básico e outra com alunos do ensino secundário.
Movem-nos as palavras do escultor: “Tudo o que possamos fazer para ajudar as crianças a abrir os olhos e o coração para o Mundo será pouco”.
DATA 15 de Janeiro
HORÁRIO Durante a tarde
LOCAL CAPC Sereia
PREÇO Gratuito
Mediante marcação das escolas e sujeita a lotação.
Visitas orientadas
Aqui partimos do princípio de que podemos e devemos falar sobre e a partir das obras de arte mas que nenhum discurso as substitui. Explicitamos esta convicção tomando as palavras de Pedro Cabrita Reis: “ Ainda bem que nenhum texto sobre o que se vê é o que se vê”.
Valorizamos também o tempo e o silêncio que a relação com o objeto artístico exige.
Desejamos assim que as visitas orientadas não impeçam o encontro individual com a obra de arte, apesar de estarmos em grupo e com um tempo limitado comum a todos.
Estes princípios são explorados em função das faixas etárias, especificidades dos grupos e necessidades dos professores.
LOCAL CAPC Sereia e ou CAPC Sede
ORIENTAÇÃO Equipa de educadores CAPC
(Mariana Abrantes, Magda Henriques e Jorge Neves)
Esta atividade está disponível ao longo do ano letivo mediante marcação das escolas e disponibilidade do CAPC.
Programação artística no projeto educativo
Como no limite “só a arte é educativa porque a arte não explica mas implica”, o projeto educativo do CAPC faz programação artística.
“V, ou finalmente a casa amarela”
PERFORMANCE
Gonçalo C. Ferreira
Esta intervenção é o início de um processo a que chamo “V, ou finalmente a casa amarela”. Começo com a construção de uma ficção sobre uma comunidade artística. Ficção que se propõe como repertório, que com o tempo se transforma numa casa (ainda que imaterial). Essa casa é algo que se vai construindo através de memórias, reconstruções e estudos daquilo que já existiu, daquilo que poderia ter existido e daquilo que poderá existir. Uma casa que atravessa diferentes tempos, lugares e pessoas, procurando eu através desse processo um "lugar" a que pertencer. Esta casa como uma celebração desses cruzamentos, como inauguração/vernissage/festa a propósito de um coletivo imaginário, como uma caixa com um bolo que alguém enviou a propósito do aniversário da arte, como um ritual, como uma rede virtual contínua de pessoas que historiografam referências. Tornar presente um arquivo de artistas e amigos, como Lourdes Castro, Dinis Machado ou Ernesto de Sousa.
DATA 17 de Janeiro
HORÁRIO 16.30h
PÚBLICO maiores de 15 anos
LOCAL CAPC sede
Entrada gratuita